quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Destaques

No balanço anual sobre a literatura portuguesa, com publicação no jornal "Público", Mário Cláudio coloca o romance O Corredor Interior, de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, como um dos 5 melhores livros (de todos os géneros literários) editados em Portugal, em 2006.

O "Das Artes e das Letras", suplemento de reconhecido interesse cultural, pelo Ministério da Cultura, editado pelos jornais "O Primeirio de Janeiro", pelo "Notícias da Manhã" e pelo "Diário XXI", dispensa-lhe três páginas, com destaque na capa, numa reportagem verdadeiramente inteligente, animada por Filipa Leal.
O jornal "Público", nas duas páginas centrais, no Dia Mundial da Poesia, dá-lhe grande realce, numa oportuna e interessantíssima reportagem, animada por Inês Nadais e Luís Miguel Queirós.

José Carlos de Vasconcelos, no "Jornal de Letras", dá-lhe honras de A Figura, numa excelente, esmerada reportagem, de página inteira e destaque na capa, com assinatura de Francisca Cunha Rêgo.

Marcelo Rebelo de Sousa, inclui-o na antologia que elaborou, intitulada Os Poemas da Minha Vida.

A Porto Editora, inclui-o (muma breve representação da moderna poesia portuguesa) na vasta obra - 12 volumes - A Poesia Portuguesa no Mundo (Dicionário Ilustrado).

valter hugo mãe, recentemente distinguido pelo Prémio José Saramago, inclui-o na antologia Desfocados Pelo Vento, A Poesia dos anos 80, Agora (Quasi Edições). Refere o antologiador que Desfocados Pelo Vento é um verso retirado de um poema de Daniel Maia-Pinto Rodrigues.

Luís Carmelo, em edição das Publicações Europa-América, inclui-o na antologia A Novíssima Poesia Portuguesa e a Experiência Estética Contemporânea.

Adorinda Providência Torgal e Madalena Torgal Ferreira, em edições das Publicações Dom Quixote, representaram-no em duas antologias.

Manuel António Pina, sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, entre mais palavras, escreve o seguinte (ver livro Dióspiro):
É preciso que eu diga algo se calhar cruel e comprometedor: a maior parte da poesia portuguesa de autores mais jovens (a revelada, digamos, nas últimas duas décadas) parece-me, senão decepcionante, ao menos, e em geral, desnecessária. Com raríssimas excepções, ela tem apenas, de novo, a idade dos seus autores; muitas vezes nem velha é, é apenas de idade indefinida. A sua principal característica é a desnecessidade, quero eu dizer que, da parte dela, não há-de vir mal nenhum, nem bem nenhum, ao mundo. (De qualquer modo, a minha opinião não tem qualquer relevância na matéria, e não há-de ser decerto ela a determinar o seu destino ou o seu não-destino...)
A poesia do Daniel é, para mim, leitor compulsivo, mesmo se frequentemente distraído, da poesia que se vai publicando, uma dessas raríssimas excepções. E o seu carácter excepcional resukta não só da sua singularidade, mas, simultaneamente, do modo como essa singularidade, essa estranheza, transporta um emocionado e desconcertante reconhecimento do funcionamento do próprio poético.

Mário Cláudio, sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, entre mais palavras, escreve o seguinte (ver livro Dióspiro):
Jurar que ascendeu Daniel Maia-pinto Rodrigues, por conseguinte, mercê de um espicialíssimo talento de perscrutação dos deuses profundos, à dimensão de quem dispensa o tocável que se lhe depara, corresponderá a glosar, para melhor entendimento, quanto ficou, entretanto, nas linhas que precedem estas, e a proclamar o que haverá de surgir, nas seguintes. Despido da ganga dos vates do esquematismo emocional, que recolhem as palavras, em sua miserável condição, à superfície da terra ou à flor da pele, eis o que repudia a cura de águas chilras ou o caldo de galinha descorada, a que alguns persistem em condenar, desde há décadas, falanges e falanges de pobres aprendizes, para quem as nascentes mais fundas se ocultam, sem remédio, sob o mais imediato dos rumores.
Estar este demiurgo, por isso, aponta no sentido de uma jubilosa ressurreição, a que logrou superar todo o balbuceio, e abalançar-se a escrever, desde o início, sem aquele lamentável racismo lexical, que caracteriza a acanhada respiração dos supra-referidos mestres, e a de seus discípulos, quando as palavras nobres se contam, de facto, pelos cinco dedos de cada mão. É a realidade global, pois, que se descobre, nestes textos, além de tido o que a supera, porque de um universo paralelo, mas que, com o vertente, se cruza e se entretece, se vê espraiada a paisagem dos invetores de semelhante fibra, os quais transcendem, com o risco que assiste, sempre, aos criadores autênticos, as inúmeras fronteiras do território do possível.

Rosa Maria Martelo, Luís Miguel Queirós e José Carlos Tinoco constroem peças literárias de grande beleza e visão profunda, em torno da poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues (ver livro Dióspiro).

Rui Lage, no seu notável Ensaio (cuja leitura recomendo vivamente, por peça literária de inegável valor e interesse cultural) sobre a poesia de Daniel Maia-Pinto Rodrigues diz o seguinte nas conclusões:
Em resumo, ambos nos oferecem leituras apaixonantes, habitam as margens, navegam contra a corrente, fintam arquétipos e estereótipos, resistem às tentações epigonais, ambos, se a palavra ainda não é proibida, ou de mau gosto, fazem vanguarda.
Por tudo isto, e em jeito de conclusão antecipada, dizemos que Daniel Maia-Pinto Rodrigues é responsável por não pouca coisa: oferece de bandeja à poesia portuguesa um admirável mundo novo.

Em concurso instituído pelo Ministério da Cultura, Fiama Hasse Pais Brandão e Vasco Graça Moura atribuiram-lhe menção Honrosa pelo livro A Próxima Cor. Este mesmo livro foi posteriormente distinguido com o prémio Foz Côa Cultural, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

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